sexta-feira, 2 de abril de 2010

Artur do Rio


Ontem foi um dia triste. Para mim e para muitos parentes meus. Morreu meu primo Artur, aos 72 anos. Primo por afinidade, diga-se. Na verdade, primo de meus primos.
Português, da Zona da Lomba, Vinhais, Bragança, vivia há muitos anos em São Paulo.
Como típico lusitano, tinha padaria. No Ipiranga.
De vez em quando, convidava-me para uma caldeirada com fado. Compareci a uma delas.
Durante o velório conversei com sua esposa, Maria.
Contou-me que Artur arrumou-se, de manhã, para ir à padaria. Nessa altura ela já saíra às compras de mantimentos.
Ele, quase ao sair, sentiu-se mal. Telefonou a um dos filhos, que mora perto.
Disse que não estava bem. O filho foi apressado à casa do pai.
Ao lá chegar já o encontrou estendido no chão, com o cão a protegê-lo.
Faleceu pouco depois, apesar dos cuidados de bombeiros e policiais que acorreram a sua casa.

Maria contou-me que poucos dias antes Artur fizera seu check up anual. Nas vésperas, levara o resultado tranqüilizador ao médico.
Tudo corria no melhor dos mundos.

Contudo...

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