quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A doação e seus mistérios


Aconteceu com um colega de trabalho.
Ele foi ficando doente dos rins. Começou a fazer hemodiálise diariamente.
Enfim, os rins pifaram totalmente.
Uma irmã propôs-se a doar-lhe um rim.

O transplante foi feito.

Deixe que eu diga que sempre achei esse tipo de doação de uma beleza sem igual. Você deixar que tirem de você um pedaço importante para que alguém possa reviver.

Pouco tempo depois, a descoberta: o rim transplantado continha um tumor maligno.

Não sei detalhes do caso. Além de ser totalmente ignorante nessa matéria.

Mas gosto de pensar que o tumor já existia no rim enquanto ele estava no corpo da irmã. E me agrada, também, imaginar que estava prestes a produzir metástase.

A doação livrou-a do câncer.

O irmão doou-lhe a saúde.

Retribuição de generosidade. Tudo casual, como deve ser – e é – a vida.

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