quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Viagem à Austrália
8- Resort Aussie


Ficamos hospedados no Resort Aussie, esquina de Third Avenue com Gold Coast Highway. Da sala do apartamento via-se (quase) a GC Highway.



E da outra janela da sala via-se o mar, pra lá da Third Av.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Da série O Brasil acabou - VIII


Em 1.978 comprei minha primeira casa. Pra chegar a isso, examinei – entre casas e apartamentos – uns cem imóveis. O corretor já não agüentava mais.
Belo dia levou-me a um local atrás de onde, alguns anos mais tarde, seria construído o Shopping Morumbi, em São Paulo.
Paramos o carro em uma pequena rua. O corretor me falou que a casa que pretendia me mostrar ficava na rua ao lado.
Fomos a pé até lá.
Quando viramos a esquina e vimos a rua – formada de uma só quadra, ocupada por 62 sobrados, decidi:
- É aqui que quero morar.
A rua era de terra. Fiquei sabendo depois que os 62 sobrados abrigavam 120 crianças na faixa de zero a dez anos.
De fato, a visão inicial que tive foi maravilhosa:
Dezenas de crianças brincavam livremente na terra da rua, lambuzando-se à vontade, sem nenhuma preocupação com automóveis nem coisa alguma.
Além de tudo isso, o sobrado era fantástico. Comprei.
Lá nasceu minha filha caçula. Passei a ter três filhos, entre 4 e zero anos.
Poucas vezes na vida conheci um grupo de crianças tão feliz quanto aquele da rua Domingos Ciccone.
Passados alguns meses, começou um movimento na rua para asfaltá-la. As pessoas reclamavam do pó que invadia as casas e acumulava-se nos móveis.
Resolveu-se fazer votação.
Resultado: 60 x 02
Pró asfalto. Só eu e um adepto da antroposofia que morava no início da rua votamos a favor da terra.
Como se tratava de ano eleitoral (eleições municipais), apareceu um candidato a vereador propondo-se a conseguir que a prefeitura asfaltasse a rua. Era o iniciante Ricardo Izar. Ele tinha amigos na rua. Conseguiu marcar uma reunião dos moradores na casa dos amigos dele. Pra pedir votos e prometer o asfalto. Eu, óbvio, não compareci.
Foi eleito e é – hoje – deputado federal, presidente do Comitê de Ética da Câmara Federal.
O asfalto não veio. Claro.
Tivemos de cotizar-nos para colocar o asfalto na rua. Inclusive o maluco do início da rua e o outro maluco (eu), que votáramos contra o asfaltamento.
Minha vida no Brasil tem sido assim. Uma luta constante contra a estupidez da maioria.
Não é à toa que quero ir embora.

Viagem à Austrália
7 - Parque Nacional de Burleigh Heads


Ao sul de Burleigh Heads fica o Parque Nacional de BH (não. Não é de Belo Horizonte). Um belo pedaço de mata beirando o mar. Há caminhos que o atravessam. Saindo do centrinho de Burleigh Heads atravessa-se o Parque e chega-se à foz de um rio de água cristalina, com praias nas duas margens.

Clique para ampliar
Este é o início do caminho:


Dele vê-se, o tempo todo, o mar:


E pescadores:


Depois da foz do rio, uma outra praia:


Repare na cor da água do rio:


Praias dos dois lados do rio:



E a ponte sobre o rio, sobre a qual passa a Gold Coast Highway, a grande artéria do trânsito de Gold Coast:


E, claro, sempre aparece alma caridosa que se oferece para fotografar o casal:


domingo, 6 de janeiro de 2008

Viagem à Austrália
Zero - Índice e Mapa


Para ajudar o leitor, aí vai um mapa da lingüiça que é Gold Coast, costa leste da Austrália, ao norte de Sydney (capital do Estado de New South Wales) e um pouco ao sul de Brisbane, capital do Estado a que pertence (Queensland).
Os números junto às flechas referem-se aos posts da série Viagem à Austrália para os quais há links abaixo do mapa.

(vai ser organizado assim no inferno!)

Clique para ampliar


Mudança de perspectiva
Vivenciando a Austrália
Intuições mercadológicas
Disfarces da solidão
Inversões
Viagem à Australia - 1: Os Andes
Viagem à Austrália - 2: O padrão de vida
Viagem à Austrália - 3: Os pic-nics
Viagem à Austrália - 4: Marina Mirage
Viagem à Austrália - 5: Cangurus e Kualas
Viagem à Austrália - 6: A praia mais elegante
Viagem à Austrália - 7: Parque Nacional de Burleigh Heads
Viagem à Austrália - 8: Resort Aussie
Viagem à Austrália - 9: Restaurante Four Winds
Viagem à Austrália - 10: Nosso pic-nic.

( o restante da viagem é em Sydney e não cabe, portanto, neste mapa)

Viagem à Austrália
6 - A praia mais elegante


A praia de Coolangatta é, mesmo, a mais elegante de Gold Coast. Fica ao sul de Gold Coast. Quase a última praia para quem desce de norte a sul.
Almoçamos lá um dia. É fantástica. Lembra, um pouco, Cannes.

Os cabelos esvoaçantes são da Baixinha
Sempre tem alguém fazendo pic-nic. Olhe à direita.

Viagem à Austrália
5 - Cangurus e Koalas


O parque de Currumbin é bastante interessante. A gente entra (mediante o pagamento de uns 20 ou 30 dólares australianos, não me lembro bem), pega um trenzinho e vai parque adentro. Pára no lugar dos kualas, uns bichos que lembram bicho-preguiça. Só que muito mais simpáticos. Parecem bichinhos de pelúcia.





Perto deles ficam os wombat, uns bichinhos de cotação menor no mercado de popularidade.


Depois, vai-se ao local onde ficam os cangurus, com os quais a gente convive diretamente, podendo, inclusive, alimentá-los.






Por perto, mas rigorosamente isolados das pessoas (ainda bem), os crocodilos.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Viagem à Austrália
4 - Marina Mirage


Burleigh Heads fica mais ou menos no meio da tal lingüiça que é Gold Coast. Subindo em direção ao norte passa-se por Miami, Nobby's Beach, Mermaid Beach, Surfers Paradise e chega-se a Main Beach, onde fica Marina Mirage. Belos barquinhos. Infelizmente, nenhum meu. Fazer o quê.





Mesmo sem ter iate, dá pra almoçar no Raj Palace, enorme restaurante indiano situado à beira da marina. Comida maravilhosa, serviço impecável. Ambiente descontraído. Aliás, quase sempre, quando tentávamos tirar fotos um do outro, seja em ambientes fechados seja ao ar livre, aparecia alguma alma caridosa oferecendo-se para fotografar o casal. E - é claro - logo, logo uma garçonete (do Jaçanã, bairro da cidade de São Paulo) veio nos perguntar se éramos brasileiros. Ela percebeu nosso dicionário de bolso sobre a mesa.

Viagem à Austrália
3 - Os pic-nics


Gold Coast é cidade pequena. Nasceu como praia da capital do Estado de Queensland, a lindíssima cidade de Brisbane, que consegue ter um trânsito mais congestionado que São Paulo, apesar das vias maravilhosas e bem cuidadas. Mal comparando, Gold Coast está para Brisbane como Guarujá está para São Paulo ou como Cascais e Estoril estão para Lisboa.
Gold Coast é uma lingüiça paralela ao mar. Constituída de várias praias. Nossa filha vive na praia de Miami. Quanto a nós, ficamos hospedados em resort na vizinha praia de Burleigh Heads. Cada praia tem sua vida própria. Seu próprio comércio, seu centro médico etc etc.
Não sei quanto ao restante da Austrália. Mas pelo menos em Gold Coast, o pessoal é chegado a um pic-nic.
Vai daí que, no domingo, o centrinho de Burleigh Heads sempre apresenta atrações para o pessoal que vai fazer seu pic-nic. Os farofeiros de lá.
Nesse domingo das fotos abaixo, uma orquestra tocava música erudita pro povão.
Resta dizer que, depois que a turma vai embora, fica tudo limpinho.
De resto, vejam o domingão do povão:





sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Viagem à Austrália
2 - O padrão de vida


Fomos à Austrália para conhecer o novo neto. Mas minha intenção, aqui, não é desenvolver uma saga familiar. Pretendo mostrar, baseado em alguma vivência pessoal, características que me parecem importantes na vida australiana.
Por exemplo, a filha a pendurar roupas do futuro bebê no varal indica o padrão de vida da classe média australiana (quase toda a população): um casal jovem, cada um com seu emprego, consegue viver em casa térrea de três grandes quartos, dotada de jardim na frente, garagem (sempre atolada de bugigangas. Os carros têm de ficar ao relento) e – nos fundos – esse quintal fantástico, no qual uma criança poderá deixar a imaginação espalhar-se.

As duas primeiras fotos são anteriores à chegada do Taj
Esse varal é padrão em todas as casas
Dia 25/12. Foi instalado o 'puxadinho' pro almoço de Natal

Lá e Aqui


Diferença importante entre as eleições americanas e as brasileiras: lá, em alguns estados da federação, eles fazem caucus (reunião partidária para escolha de representantes. Pronuncia-se, mais ou menos, cácas) antes das eleições. Aqui os políticos fazem mais cacas depois das eleições.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Viagem à Austrália
1 - Os Andes


Que eu saiba, há duas maneiras de ir de São Paulo a Sydney por avião: uma é via África do Sul. Outra, via Chile. Optamos pela segunda. Vai-se de São Paulo a Santiago. De lá, embarca-se em outra aeronave rumo a Auckland, na Nova Zelândia. Em seguida, no mesmo avião, chega-se a Sydney. No nosso caso, houve ainda um vôo de uma hora e 20 minutos de Sydney até Gold Coast.
Uma das virtudes desse roteiro é que se passa sobre os Andes e suas montanhas coroadas por neves eternas. Visão ímpar.






quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Inversões



Na Austrália, tudo é invertido, em matéria de trânsito. Os carros têm direção do lado direito (a Baixinha não está no banco do carona, ela está pronta para dirigir). Você anda pela esquerda, quando quer ultrapassar, ultrapassa pela direita. É verdade que o pessoal lá não dirige muito melhor que o pessoal de São Paulo. Carros lentos ficam à direita, quando o certo seria ficarem à esquerda.
Foi daí que me veio a ideia: nossos legisladores poderiam, em sessão secreta, aprovar lei adotando esse sistema de trânsito. Como no Brasil todo mundo tem a mania de andar na pista mais à esquerda, tudo passaria a ficar certo. Mas desde que ninguém soubesse da mudança. Brasileiro, como todo mundo sabe, detesta obedecer leis e regulamentos.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Desejo a todos


que 2.008 seja uma merda
(se comparado a 2.009)

Disfarces da solidão


Almoçávamos em um restaurante no Circular Quay, Sydney, quando um rapaz sentado em mesa próxima nos chamou a atenção: ele, que estava sozinho, pedia sempre duas cervejas e dois copos. Queria aparentar que estava acompanhado.

Intuições mercadológicas


Essa joalheria que encontrei em Sydney não me parece que daria muito certo no Brasil ou em Portugal. O pessoal ia achar as jóias meio, digamos, sem valor.






Já no aeroporto de Auckland, Nova Zelândia, captei essa propaganda do cartão Visa. Acho que eles não deveriam divulgá-la em países de língua portuguesa.