sábado, 10 de julho de 2010

Ambiente do futebol brasileiro


Algumas pessoas ficaram chocadas ao saber que o goleiro Bruno conheceu Eliza Samudio em uma orgia. Mais: segundo ele, orgias são comuns no meio freqüentado por jogadores de futebol.

Ao dizer isso, Bruno apenas confirmou algo que muita gente sabe mas a imprensa prefere minimizar para não atrapalhar os negócios que o futebol proporciona.

Já lá em meados da década de 80, fui trabalhar no Banco Multiplic, na área de Sistemas. Um novo diretor de informática montara uma equipe nova e me contratou para fazer parte dela.

O pessoal dessa nova equipe incluía gente mineira, de Belzonte, alguns cariocas e muitos paulistas.

Como parte do processo de integração, resolvemos marcar uns jogos semanais de futebol society, logo após o expediente. Eu sempre fui um jogador medíocre mas dava conta do recado nessas peladas, desde os tempos de futebol de praia, em Santos.

Por isso mesmo, fiquei surpreso ao constatar a dificuldade de me sair bem no primeiro jogo com meus novos colegas de trabalho. Ao final da partida, como costuma acontecer nesses eventos, fomos todos tomar cerveja no bar do clube. Fiquei então sabendo que vários de meus colegas tinham passagem por grandes clubes de São Paulo e Rio de Janeiro. Todos na época do futebol juvenil. Um tinha jogado no São Paulo, dois outros no Flamengo. Isso explicava minha dificuldade durante o jogo. Estava diante de jogadores acima da média.

Todos contaram que tiveram propostas para profissionalização e - todos - não aceitaram e foram seguir suas vidas na área de informática.

Motivo alegado por todos: o ambiente no mundo do futebol é de banditismo puro.

Nesses mais de 25 anos, de lá para cá, claro que muita coisa mudou. Por exemplo, o surgimento, em grande número, dos Atletas de Cristo. Até onde sei, os jogadores evangélicos só se entregam a orgias espirituais.

Mas a baixaria continua a ser predominante.

O pior, a meu ver, é que esse ambiente podre fornece à juventude brasileira os seus ídolos.

Bola pra frente.

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