domingo, 7 de janeiro de 2007

Que queria eu ser quando fosse grande


Já há muito tempo que conheço a Saltapocinhas e seu blog Fábulas.
Não nos pudemos encontrar, até hoje. Já nos falamos ao telefone, é verdade.
Ela deve-me ovos moles de Aveiro verdadeiros. Parece que os que lá comi não o eram, segundo ela.
Encanta-me o trabalho que ela desenvolve com seus aluninhos. Vale a pena visitar o Blog dos Golfinhos, para conferir.
Por essas e por outras, não posso deixar de atender ao convite dela para que faça este TPC: quando era pequenino, que queria eu ser quando fosse grande.
A dificuldade começa com a sigla TPC.
Deixem-me explicar: acontece comigo algo parecido com o que aconteceu com o zagueiro brasileiro Aldair, quando foi jogar futebol na Itália. Dizem as péssimas línguas que, passados uns poucos anos, ele havia esquecido o Português e não havia aprendido o Italiano. Ficara sem língua, por assim dizer.
Comigo ocorre que estou deixando de ser brasileiro e não consigo ser completamente português. Periga tornar-me apátrida, por pura incompetência.
Quando li que o desafio que a Saltapocinhas me dirigia era um TPC, comecei a procurar que diabos era isso. Logo notei que devia ser algo tão, mas tão banal que ninguém se dignava a explicar.
Salvou-me, como quase sempre, mestre Google e este artigo que, graças a ele, encontrei. TPC, caros brasileiros que me lêem, é aquilo que chamamos lição de casa. Em Portugal, consegui perceber, fala-se Trabalho Para Casa e abrevia-se TPC.
Vamos a ele, ou seja, ao TPC:
Essa questão do que ser quando crescer foi, para mim, a definitiva confirmação de minha falta de imaginação e criatividade.
Belo dia, cheguei para minha mãe e afirmei:
- Queria ser – quando crescesse – inventor. O problema é que já inventaram tudo!

Feita esta confissão um tanto desabonadora, poupo meus amigos. Não passo a ninguém este (como é mesmo?) TPC.

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