sábado, 3 de novembro de 2007
Volta ao mundo em pouco mais de 24 horas
Acabo de dar um profundo suspiro de alívio e preciso escrever isto pra não explodir.
Acontece que a caçula da Baixinha foi viver na Austrália e resolver contribuir para o povoamento daquela grande ilha, instalando lá, além dela própria, um novo cidadão, que deverá chamar-se Taj.
Taj deve chegar agora, em torno do dia 13.
Logo que soube da gravidez da caçula, a Baixinha resolver atender ao apelo da filha e ir acompanhar o parto.
Acontece que a Baixinha sempre teve ojeriza à língua inglesa. Ela não falava, rigorosamente, uma palavra do inglês. Tá bom, talvez OK.
Começou a tomar aulas e estudava aproveitando todos os minutos disponíveis.
Foram alguns poucos meses.
Dizem que tem sorte quem merece. O fato é que ela conseguiu uma professora fantástica, que assumiu como desafio conseguir fazer a Baixinha chegar, sozinha, a Gold Coast.
Pois é. O agravante era esse. De São Paulo a Santiago do Chile, de Santiago a Auckland e logo a Sydney, tudo bem.
O crucial era que, ao chegar a Sydney, a Baixinha teria de passar pela alfândega, retirar a bagagem, procurar o ônibus que a levaria a outro terminal no qual ela embarcaria em vôo doméstico para Gold Coast.
Anteontem, 1° de novembro, no vôo das 16:30, lá se foi a Baixinha.
Estava tensa, mas comparada a mim, era um poço de calma e tranqüilidade.
Já em Santiago, ela me surpreendeu: sem ter levado computador, conseguiu passar-me um e-mail contando coisas da primeira parte da viagem.
Enfim, acaba de ligar, para dizer que está ao lado da filha, em Gold Coast.
E explicou, com voz de quem sorri:
- Estou com a Lu. Já chorei.
Garanto e pago um picolé de chocolate: a caçula só quando já tiver alguns quilômetros rodados no papel de mãe é que conseguirá captar – em sua inteireza – a grandiosidade da atitude da própria mãe.
Garanto também que nada é mais gratificante do que se constatar que a pessoa com que se divide a vida é feita de nobreza sem par.
Vou dormir. Boa noite.
Ou bom dia, pra quem está na Austrália.
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