terça-feira, 4 de setembro de 2007
Um almoço no Solar Bragançano
O Solar fica na Sé. É um restaurante sofisticado. Já lá saboreamos uma musse de castanhas que a Baixinha imitou, em um jantar aqui em São Paulo para o Ordisi e o Branco Leone, com respectivas. Foi fartamente elogiado.
Desta vez fomos lá um dia, almoçar.
Ao olhar o cardápio, ficamos animados a experimentar o Arroz de Mariscos (prato para duas pessoas).
Quanto ao vinho, escolhi um verde branco, já não me lembro qual.
Veio atender-nos o proprietário, sujeito muito grande, expressão de mordomo culpado, de filme de suspense.
- O Arroz de Mariscos é o prato mais demorado da casa.
- Muito demorado?
- Sim. Muito demorado.
Claro, desistimos.
A Baixinha partiu para costeletas de porco. Eu, pedi febras de porco.
E mudei o vinho para um tinto do Alentejo, acho eu.
Passado um tempo, preenchido com nacos de pão ao azeite, chegaram os pratos e o vinho.
Quanto aos pratos: a Baixinha recebeu suas costeletas. Já a mim, o solícito mordomo, melhor, garçom/proprietário, explicou ter substituído as febras por lombo (qual será a diferença?).
Sem maiores explicações.
E aí, veio servir-nos o vinho.
Notificou-nos, sempre muito atencioso, ter substituído o tinto que eu pedira por outro, Casa dos Zagalos.
Lembrei-me do fatídico Zagallo, do futebol, quando urrou para todo o Brasil, após uma vitória não esperada da seleção comandada por ele:
- Vocês vão ter de me engolir!
Engoli o vinho. Com prazer.
Da próxima vez digo ao proprietário:
- Sirva-me o que bem entender.
É mais prático.
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