Hoje, no Brasil, escolhem-se os prefeitos de cidades e os membros das Câmaras municipais, os tais vereadores. No regime presidencialista que vige no Brasil, a Câmara municipal é apenas poder legislativo, distinto do poder executivo, encabeçado pelo Prefeito.
Parece que vamos assistir a algumas decisões um tanto grotescas. Em Curitiba, por exemplo, cidade tida como modelo para todo o Brasil, surge como favorito o tal de Ratinho Júnior, filho do famigerado apresentador de TV conhecido como Ratinho. Se é verdade que a voz do povo é a voz de Deus, tudo indica que Deus é um tanto fraquinho em política. Contudo, essa não será a primeira decisão ridícula ocorrida em Curitiba. Talvez movidos pela velha anedota que afirma ser ritiba uma palavra tupi-guarani que significa do mundo, os fundadores do clube de futebol de lá optaram por dar ao clube o nome de Coritiba...
No Rio de Janeiro o pessoal já determinou que a solução é reeleger o actual prefeito Eduardo Paes. O mesmo ocorre em Porto Alegre: parece que o actual prefeito já está virtualmente eleito (José Fortunati).
Essa decisão antecipada não é a que acontece em São Paulo. Lá, três candidatos estão tecnicamente empatados em primeiro: José Serra, Celso Russomanno e Fernando Haddad. Quanto a Serra, já falei algo neste post.
Celso Russomanno é algo na linha do Ratinho Junior, que parece que vai ganhar em Curitiba. Só que é mais parecido com o Ratinho Senior, o original.
Já Fernando Haddad é vendido, nesta eleição, como sabonete com perfume de PT antigo, mas - de facto - cheira a Lula (que o impôs como candidato a um reticente PT paulistano).
À margem das eleições, continua no Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento da Acção Penal 470, mensalão para os íntimos. À margem das eleições mas com forte influência sobre elas, como parece indicar uma certa queda eleitoral do PT. A Veja (revista semanal de maior vendagem no Brasil) desta semana traz, na capa, a foto do juiz do STF, Joaquim Benedito Barbosa, relator do processo (foto de quando ele tinha 14 anos). A Folha de SPaulo (jornal de maior circulação no Brasil) publica, hoje, entrevista de Mônica Bergamo com ele, o herói ou anti-herói do momento, no Brasil.
Ao final da entrevista, Barbosa afirma não acreditar em mudanças bruscas: Tudo é paulatino.
Permito-me discordar de Sua Excelência. De facto, há paus escandinavos, ingleses, alemães, americanos etc etc. Ele que escolha o que melhor lhe apetecer.
Quanto a mim, voto nulo.
1 comentário:
De manhã, já votei e fiz a minha opção, ou melhor não tinha... e por isso meu voto foi NULO. Infelizmente!Que país é esse!
Enviar um comentário