terça-feira, 27 de novembro de 2007

Trufas


Enfim, uma notícia boa. Ótima, aliás. Um italiano encontrou uma trufa gigante.
Já disse, aqui: trufas são, quase certamente, o melhor de tudo que saboreei na vida.
Claro: não me esqueço das atemóias, do sorvete de mel, da banana com aveia.
Mas as trufas. As trufas são insuperáveis.
Se dispusesse de um reino não teria dúvida:
- Meu reino por essa trufa.
Que pena. Sou um reles anarquista.

Saiu o novo IDH (baseado em 2.005)


O Brasil desceu da 69ª posição para a 70ª. Ou seja, há 69 países melhores por aí afora. Mas, se você quiser ser otimista, há 107 lugares piores. A Suazilândia, por exemplo.
Apesar de ter caído no ranking, o Brasil chegou ao índice 0,800. Isso significa que ele entrou para o rol dos países com alto desenvolvimento humano. No ano anterior (base 2.004) estepaiz obtivera nota 0,792 (desenvolvimento humano médio).
Quanto a mim, que não vejo a hora de ir viver em Portugal e que acabo de ganhar um neto australiano, beleza:

Portugal: 0,897 – 29° lugar.
Austrália: 0,962 – 3° lugar.

Aos ufanistas desejo bom proveito de toda esta maravilha aqui.
Só tomem algum cuidado com as arquibancadas dos estádios de futebol, não se preocupem com a menina que ficou presa junto com vinte homens no magnífico estado do Pará e tampouco percam seu tempo lamentando a morte do turista italiano em Ipanema. Quem mandou andar de cordão de ouro por aí, não é mesmo?

domingo, 18 de novembro de 2007

Gold Coast vista pela Baixinha


Diz ela que Gold Coast lembra filme americano antigo. E pra provar:


A praia em que ela faz caminhadas:


Aqui ela se surpreende: dois casais coroas fazem seu picnic. Tomam vinho em taças caprichadas e a garrafa fica envolta naquele invólucro com gel que mantém o vinho fresco. Diz a Baixinha que o pessoal, em Gold Coast, adora um picnic. Parece que são farofeiros de nobre estirpe, esses quatro:


Outra coisa que chamou a atenção da Baixinha: ninguém reforma casa. Eles derrubam e fazem outra. Esta obra ela está acompanhando com atenção. Reparem que o banheiro dos operários fica na frente da obra:


Enquanto isso, o Taj mama e dorme (além daquelas outras tarefas menos edificantes mas igualmente necessárias).

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Benvindo ao planeta Terra


Chegou ontem - 11 de novembro de 2.007 - o Taj. Veio à luz em Gold Coast, Queensland, Austrália.
Aos poucos ele vai perceber que resolveu pertencer a um grupo um tanto ensandecido. A tal de Humanidade.
Dada a absoluta falta de alternativa, acabará por concordar: esta vida é deliciosa.
Ao menos é o que espero.
Benvindo, Taj.


quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Novo movimento na praça


Depois que o cantor Lobão lançou o Peidei mas não fui eu, a nadadora Rebeca lança o novo movimento:
Mijei mas não fui eu.

O humor da TVA


Eu era feliz. Tinha dois pontos da TVA analógica em casa. Num triste dia, recebi uma ligação da TVA e me ofereceram o sistema digital. Sem custo adicional.
Aceitei.
Dia seguinte ao da instalação os problemas começaram. Num dos pontos, o decodificador travou. Nada acontecia. No outro, ligava-se a TV, o decodificador. Começava uma dança dos canais. A TV mudava aleatoriamente de canal em canal. Poderia até ser divertido, não fosse o fato de que a coisa toda era muito rápida. Nem dava tempo de ver o que acontecia em um canal e já se partia pra outro.
Chamei a assistência técnica. Eles destravaram um decodificador e trocaram o outro, aquele que pulava de canal em canal.
Passados uns dias, aquele que travara começou a pular.
Hoje, liguei pra assistência técnica.
O rapaz que me atendeu me pediu que fizesse vários testes (tipo tirar o cartão, limpá-lo e recolocá-lo etc).
Como nada funcionasse, resolveu agendar nova visita técnica. E começou a me alertar para os possíveis castigos que o céu me enviaria, caso o defeito não fosse dos equipamentos da TVA.
- Se o defeito for da sua TV, o senhor terá de pagar a visita.
- Se não houver ninguém na residência na hora marcada, será cobrada a visita.
Aí então, pra não ficar por baixo, resolvi retorquir:
- E esse tempo todo que eu fico sem TV?! Vocês abatem da minha mensalidade?
E responde o atendente, candidato a humorista:
- O senhor não está sem sinal. Apenas há uma mudança contínua dos canais.

Bingo!

Da série O Brasil acabou - VII


A BRA já era.

Como andará a saúde financeira da SIL?



(inspirado pelo Tutty Vasques)

Farofeiros e vira-latas


Enquanto o Taj não nasce, a Baixinha vai conhecendo Gold Coast. Parece que lá também há os farofeiros, pessoas que levam frango e farofa pra comerem na praia. A diferença é a infraestrutura: churrasqueiras elétricas e pias com água aquecida.



Ao invés de cachorros vira-latas, há os pássaros vira-latas:


terça-feira, 6 de novembro de 2007

Viva quem merece


Às vezes vejo gente a receber fortunas para mostrar sua mediocridade por aí. São jogadores de futebol, técnicos de futebol, artistas, cantores etc etc.
Há pouco, por razões profissionais, tive acesso a quanto ganha um indivíduo que faz um programa diário em uma rádio famosa de São Paulo. O programa é de uma indigência absoluta. São três sujeitos que ficam conversando sobre os assuntos do dia, a tentar falar coisas engraçadas. Pois bem. O indivíduo, completamente desprovido de qualquer tipo de formação intelectual ou coisa que o valha, ganha um dinheirão. Tudo bem, até certo ponto. Trata-se de empresa privada que contrata quem bem entender e paga quanto achar por bem.
Mas é incrível que um indivíduo sem o menor atrativo (visível) receba tudo aquilo pra jogar conversa (de péssima qualidade) fora.
Por essas e por outras, fico contente quando vejo os inventores do Google e outros semelhantes ganharem fortunas.
Certamente porque durante anos ganhei a vida desenvolvendo programas de computador, consigo imaginar o quanto é fantástico o que esse pessoal conseguiu fazer.
Em particular, lembro que meu maior fracasso – nessa área (tenho fracassos em muitas outras áreas) – foi o desenvolvimento de um sistema de busca. Dirigi uma equipe de quatro analistas de excelente nível para construir o sistema. No primeiro teste, uma vez pronto o dito sistema, ele demorou umas 10 ou 12 horas pra terminar uma pesquisa.
Sempre que uso o Google lembro do meu desastrado sistema.
E dou a mão à palmatória.
Os caras merecem a fortuna que ganharam e continuam a ganhar.

domingo, 4 de novembro de 2007

O Brasil que eu amo - 2


É verdade: o brasileiro é muito cara-de-pau.
Jamais pau-de-cara.
Afinal, brasileiro entende que as preliminares são fundamentais.

sábado, 3 de novembro de 2007

Volta ao mundo em pouco mais de 24 horas


Acabo de dar um profundo suspiro de alívio e preciso escrever isto pra não explodir.

Acontece que a caçula da Baixinha foi viver na Austrália e resolver contribuir para o povoamento daquela grande ilha, instalando lá, além dela própria, um novo cidadão, que deverá chamar-se Taj.
Taj deve chegar agora, em torno do dia 13.
Logo que soube da gravidez da caçula, a Baixinha resolver atender ao apelo da filha e ir acompanhar o parto.
Acontece que a Baixinha sempre teve ojeriza à língua inglesa. Ela não falava, rigorosamente, uma palavra do inglês. Tá bom, talvez OK.
Começou a tomar aulas e estudava aproveitando todos os minutos disponíveis.
Foram alguns poucos meses.
Dizem que tem sorte quem merece. O fato é que ela conseguiu uma professora fantástica, que assumiu como desafio conseguir fazer a Baixinha chegar, sozinha, a Gold Coast.
Pois é. O agravante era esse. De São Paulo a Santiago do Chile, de Santiago a Auckland e logo a Sydney, tudo bem.
O crucial era que, ao chegar a Sydney, a Baixinha teria de passar pela alfândega, retirar a bagagem, procurar o ônibus que a levaria a outro terminal no qual ela embarcaria em vôo doméstico para Gold Coast.
Anteontem, 1° de novembro, no vôo das 16:30, lá se foi a Baixinha.
Estava tensa, mas comparada a mim, era um poço de calma e tranqüilidade.
Já em Santiago, ela me surpreendeu: sem ter levado computador, conseguiu passar-me um e-mail contando coisas da primeira parte da viagem.
Enfim, acaba de ligar, para dizer que está ao lado da filha, em Gold Coast.
E explicou, com voz de quem sorri:
- Estou com a Lu. Já chorei.

Garanto e pago um picolé de chocolate: a caçula só quando já tiver alguns quilômetros rodados no papel de mãe é que conseguirá captar – em sua inteireza – a grandiosidade da atitude da própria mãe.

Garanto também que nada é mais gratificante do que se constatar que a pessoa com que se divide a vida é feita de nobreza sem par.

Vou dormir. Boa noite.
Ou bom dia, pra quem está na Austrália.