No início da era cristã havia algumas dezenas de Evangelhos.
A escolha dos quatro Evangelhos que passaram a ser os considerados canónicos e, portanto, integraram o Novo Testamento, efectuou-se no concílio de Nicea (ano 325) e foi ratificado no de Laodicea (363).
É instrutivo recordar quais os critérios que orientaram a escolha. Por coincidência, há quatro versões quanto a tais critérios. Diferem pouco umas das outras. Vamos a elas:
1. Depois dos bispos rezarem muito, os quatro textos voaram por conta própria e pousaram sobre um altar;
2. Colocaram-se todos os Evangelhos a competir sobre o altar. Os apócrifos caíram todos ao chão e só os canónicos não se moveram;
3. Escolhidos os quatro canónicos, colocaram-nos sobre o altar e pediram a Deus que se houvesse neles uma só palavra falsa que caíssem ao chão, coisa que não ocorreu com nenhum deles;
4. Entrou no recinto de Nicea o Espírito Santo, em forma de pomba e, pousando no ombro de cada bispo, lhes sussurrou quais Evangelhos eram os autênticos e quais os apócrifos.
Caso se aceite esta última versão, fica evidente que vários dos bispos presentes eram surdos ou muito descrentes, já que a votação não foi unânime, tendo havido grande oposição à escolha dos quatro textos canónicos actuais.
1 comentário:
acabei hoje de ler "o último segredo" do jornalista/escritor José Rodrigues dos Santos. O tema é precisamente esse: os evangelhos.
Se não leste ainda, não deves perder!
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