segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Dieta


Leu em algum lugar que a dieta ideal era: comer como rei ao acordar, almoçar como príncipe e jantar como mendigo.
Resolveu segui-la.
Tomo mundo sabe que os reis não têm limites. Podem tudo. Essas bobagens, ditas constituições, servem ao cidadão comum, ao plebeu.
Ao acordar, empanturrava-se.
Já no almoço, para o qual a dieta sugeria uma redução da gula, resolveu encarnar um príncipe glutão. Se o rei era um senhor esbelto, elegante, o príncipe era um garotão um tanto avantajado de corpo. Diria até que – não fora nobre – seria considerado obeso.
Ao chegar à janta, já com o espírito preenchido pelos sentimentos de solidariedade social que lhe inculcaram os jornais e noticiários de TV ao longo do dia, representava um mendigo sim, mas um mendigo amparado por subsídios e organizações não governamentais.
E jantava à tripa-forra.

Sem comentários: