quinta-feira, 10 de fevereiro de 2005

Cores


Hoje fui trabalhar de roupa cinza. Afinal, quarta-feira de cinzas. E só aí me dei conta de que cinzas são cinza.
Grande coisa, dirá você (como diz um paulistano), dirás tu (como diz um transmontano), dirá tu (como diz um santista).
Mas não pense que estou tautológico, hoje.
As rosas nem sempre são rosa. São muitas vezes vermelhas, brancas.
As castanhas são sempre castanhas? As cenouras são cenoura quando verdes? E as abóboras?
Os negros muitas vezes não são negros. Os amarelos nem de longe são amarelos. Branco, branco, ninguém é. Nem morto. E nunca entendi porque os índios americanos são peles-vermelhas. De jeito nenhum.
Não venham com essa de que alguém fica roxo de frio. Nem vermelho de vergonha.
Por falar nisso, de onde tiraram essa de que está tudo azul?
Vou parar por aqui. Deu branco.

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