quarta-feira, 25 de junho de 2014

COPA - A mordida e o carinho


Nos jogos desta terça-feira, duas coisas me impressionaram.

No jogo entre Itália e Uruguai, a mordida que Suárez (Uruguai) deu no ombro do defesa italiano Chiellini. Lembrou-me a mordida de Mike Tyson na orelha de Holyfield (1.997).
A diferença, a meu ver, é que a mordida de Tyson revelou o desespero de um grande lutador a viver sua decadência.
A mordida de Suárez foi a expressão de sua vontade de vencer. Além de não ter arrancado nenhum pedaço do defesa italiano...



Na disputa entre Grécia e Costa do Marfim, jogo em que a Grécia estava fora da Copa até o último instante dos acréscimos e, por meio de penalty, conseguiu reverter a situação e mandar para casa os fabulosos jogadores africanos, os gregos – é óbvio – festejaram demorada e efusivamente a classificação aos oitavos. Enquanto isso, o guarda-redes africano ficou estirado ao chão, com o rosto voltado para o relvado, desconsolado.

Depois de alguns minutos de comemoração, Samaras, o grego que convertera em golo o penalty, foi até junto do guarda-redes Barry, que permanecia prostrado, e afagou-lhe demoradamente a cabeça.

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