Os políticos vivem de tomar medidas, caso da situação, ou de cobrar medidas, caso das oposições. Mas são medidas em sentido diverso daquele a que desejo referir-me.
Falo de medidas com fitas métricas.
Há os obesos, que fazem enormes sacrifícios para diminuírem alguns centímetros no perímetro do abdómen, ou, como rezam os dicionários, pança, barriga, ventre.
Quanto a mim, faço algum esforço para que minha aorta não supere os 46,3 mm do ano passado. Para os neófitos no tema, informo que o diâmetro normal da aorta é de 39 mm. Se chegar aos 50 mm o indivíduo está fadado a não conseguir terminar o "Ai!" de quando ela romper-se. Ou a submeter-se a uma cirurgia que o deixará - no mínimo - com sequelas neurológicas graves (*).
Essas dilatações de artérias não têm hipótese, actualmente, de redução. O máximo que se pode esperar é que não aumentem. Em meu caso, como os 46,3 mm de Abril do ano passado foram medidos de modo um tanto equivocado, é possível até que - no exame feito agora, no mês passado - o valor regrida um bocadinho.
O resultado está a caminho.
E eu, compreensivelmente, com os nervos à flor da pele.
Desculpem lá o assunto do post, mas não há outro que me ocupe a mente, no momento.
(*) Isso vale para meu caso, que é o de dilatação da aorta ascendente e do arco aórtico. Há casos mais favoráveis, solúveis com cirurgia pouco invasiva, como quando a dilatação é na aorta descendente.
Sem comentários:
Enviar um comentário