Minha ansiedade em relação à máquina fotográfica que deve chegar amanhã chegou ao auge. Ao menos assim espero... Mais do que isso seria quase insuportável. E de insuportável eu me basto.
A pensar nisso, consolei-me ao perceber que evoluí um bocadinho nesses poucos últimos 60 anos.
Quando tinha lá meus 5 ou 6 anos, meu pai (talvez mais minha mãe, sei lá) costumava presentear-me com carrinhos de brinquedo nas festas (Natal, aniversário etc).
Meu pai ficava furioso, mas o facto é que minha primeira atitude diante do dito carrinho era desmontá-lo. Talvez fosse mais preciso definir minha atitude como a de destruir o carrinho.
Bem feito. Tivessem me dado alguma boneca, eu - ao desmontá-la - talvez descobrisse o sexo com mais rapidez. Mas talvez meu pai também não apreciasse essa minha evolução.
Agora, do alto de meus 67 anos, garanto que não vou destruir a máquina Canon que vou receber amanhã. Vou ler os manuais (sim, hoje em dia, um manual é pouco), vou estudá-la detalhadamente. Talvez isso não impeça que eu venha a destruí-la mais adiante. Fazer o quê?
Pensando bem, minha evolução talvez tenha sido às avessas. Aos 6 ou 7 anos, destruía os carrinhos de modo propositado.
Hoje, eu os destruo sem querer.
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