terça-feira, 7 de novembro de 2006

O espetáculo do crescimento


Está no Brasil o maior homem do mundo (depois do Lula, claro). Meu Bazar de Ideias (MBI) conseguiu entrevistá-lo, com auxílio de uma escada.

Xi Shun
MBI: O ar está muito rarefeito aí em cima?
Xi Shun: Pô, meu. Tenho de agüentar essa piadinha infame há anos. Não dá pra fazer pergunta inteligente?
MBI: Vou tentar. Que aconteceu pra você ficar grandão desse jeito?
Xi Shun: Até lá pelos vinte anos, eu era um cara normal. Tinha qualquer coisa tipo 1,70 m e vivia feliz na minha fábrica de lampadinhas de Natal pra vender no Brasil. Quer dizer. Quase feliz. Meu único problema é que eu achava que tinha pênis pequeno.
MBI: Mas isso quase todo homem acha.
Xi Shun: Ué. Como é que quase todos os homens sabiam que eu tinha pinto pequeno?
MBI: Não! Quase todo homem acha que o seu próprio pinto é pequeno. Não o seu.
Xi Shun: Ah bom. Isso é que dá, dar entrevista com tradução simultânea.
MBI: Sim, mas e daí?
Xi Shun: Daí que comprei, pela Internet, um pó que faz o pinto crescer. Só que como meu inglês é fraquinho não entendi direito a bula. Era pra passar o tal pó no pênis. Eu misturei em um copo d’água e tomei.
MBI: Espera aí. Não que eu queira duvidar de você. Quem sou eu pra procurar encrenca com um cara de 2,36 m. Mas você não tem 55 anos?
Xi Shun: Não. Sou grande mas tenho um ânus só.
MBI: Pô. Não tinha ficado combinado que não valia piada infame?!
Xi Shun: Foi você que começou.
MBI: Se você tem 55 anos, como você diz que fabricava lampadinhas de Natal pra vender pro Brasil quando tinha 20 anos? Naquele tempo a China não produzia lampadinhas. E como você comprou esse pó pela Internet? Não existia Internet há 35 anos.
Xi Shun: Lá vem você com essas chatices de jornalista. O Lula não prometeu o espetáculo do crescimento para agosto de 2003?
MBI: Hum, humm.
Xi Shun: Pois então. Os brasileiros não só acreditaram como, mesmo não tendo acontecido espetáculo nenhum, reelegeram o homem. Você não é brasileiro?
MBI: Hum, humm.
Xi Shun: Então, trate de acreditar no que eu digo e não enche.

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