quinta-feira, 31 de março de 2016

A fé de Lula


Encontrou o Lula no aeroporto de Brasília.
- Que é que você tá fazendo aqui?
- Tô esperando o Messias. A Dilma me avisou que ele tá vindo pra me salvar.

terça-feira, 22 de março de 2016

Pela sobrevivência da Europa

Quando eu estava nas mãos do DOI-CODI (1.971/1.973), aparelho de tortura da ditadura militar brasileira, passada a fase mais brutal, era comum ouvir dos torturadores::
- Vocês criticam a tortura, mas sem ela não chegaríamos a lugar nenhum. Sem tortura vocês não falariam nada.
Foi assim que a "esquerda revolucionária" sul-americana foi facilmente aniquilada.
Os Tupamaros, no Uruguai, os Montoneros, na Argentina, o conjunto da esquerda no Brasil caíram como castelo de cartas.

É verdade que alguns remanescentes chegaram ao poder recentemente, por via democrática. Mas isso é outra história.

As previsões são de que existem presumíveis 12.000 terroristas islâmicos na Europa, actualmente. Ou seja, um nada.
Como dar cabo deles?
Vai ser necessário que a Europa aceite sacrificar algo dos direitos à privacidade, dos direitos de ir e vir, para que se consiga destruir esse cancro.
Será preciso chegar ao limite que separa a civilização da tortura.
Um facto que me impressionava sobremodo na repressão brasileira nos anos 70: não existia a chamada "inteligência" na investigação. Tudo era obtido sob tortura. A burrice dos interrogadores era notável.
Será preciso, no caso actual, substituir a tortura por inteligência, valendo-se dos recentes avanços tecnológicos na comunicação e na informação.
Actos terroristas como os de hoje, em Bruxelas, causam muito dano, muito sofrimento, mas são fruto do "trabalho" de não mais que meia-dúzia de fanáticos.
Acabar com esses malucos é mais fácil do que aparenta ser.
Mão à obra, Europa!
Lutemos em nome das vítimas inocentes que tombaram hoje.

quinta-feira, 17 de março de 2016

Do tamanho do mundo


Em 1.968, conheci Henrique Setti Neto.
Ele dava aulas de Português e eu de Matemática no curso CAPI, preparatório para faculdades.
Ficámos amigos. Imensamente amigos.
Algum tempo depois ele, Henrique, trouxe para o CAPI um jovem professor português, Luís Pardal.
Entrou em nossa equipe, a dar aulas de História. E foi um dos que abandonaram o CAPI quando fui demitido. Todos em solidariedade a mim.
Quando casei-me pela primeira vez, Pardal foi meu padrinho de casamento.
Antes, ele já fora chamado pela repressão da ditadura a prestar depoimento.
Eu fui preso, condenado, fiquei preso quase um ano e meio. Nada a ver com Pardal.
Mas tudo isso me fez perder contato com ele.

Milhares de anos depois, Henrique faleceu.
Eu vim viver em Portugal.
Pardal, à procura de Henrique, encontrou-me na Internet.

Também graças à web, encontrei André Setti, filho de Henrique.
Mesma aparência. Igualmente poeta.

Levo agora Pardal a André, para que celebrem a memória de Henrique.


E que esse mundo pequeno, onde todos se encontram, se engrandeça nessa união.

terça-feira, 8 de março de 2016

Tristeza hilária


Confesso que quando li Alberto Gonçalves, no DN deste domingo (6/03/16), a mencionar que o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do governo português havia dito, na Assembleia da República, “tenhemos a humildade” , julguei que algo ia mal com a cabecinha de meu homônimo.
Foi ao ler Rentes de Carvalho a referir o mesmo episódio que resolvi investigar.
Vai aí o vídeo.

E fica comigo a tristeza de ver Portugal entregue a essa gente.